Documentário - 15 dias em um pau de arara
- Wagner Maciel
- 8 de nov. de 2022
- 1 min de leitura
Com a inauguração da rodovia Rio-Bahia, a BR-116, no ano de 1933, o acesso de migrantes oriundos de todos os estados do Nordeste foi facilitado para os movimentos de migração em massa. Essa estrada foi uma opção além das linhas férreas para aqueles que desejavam deixar o semiarido por razão das secas, da falta de emprego, de educação ou para desbravar o Sudeste brasileiro.
A alternativa mais utilizada para chegarem em São Paulo pela BR-116 eram os caminhões pau de arara, veículos com hastes de madeira cobertos com lonas para a proteção dos retirantes e para acomodar suas bagagens. Os viajantes passavam uma média de 15 dias segundo viajantes naqueles transportes, compartilhando os perigos do trajeto com outros migrantes.
Anos depois da criação dessa estrada, acontece o processo de diáspora de Maria Madalena Pereira Lima, migrante baiana que atualmente mora no bairro do Jardim Santo André, zona Leste de São Paulo. Chegada na capital paulista no inicio dos anos 60, Madalena narra os sofrimentos enfrentados ao longo dos 15 dias de viagem no pau de arara. Hoje com 80 anos, ela salienta quais foram as maiores dificuldades após a viagem, na tentativa de se estabelecer na grande São Paulo do século passado.
Assista ao depoimento de Madalena clicando na imagem.
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